Me perdoe!
Me perdoe por ser enfático.
Me perdoe por não ser dogmático.
Me perdoe por ser tão prático.
Me perdoe por não acreditar nas histórias que você leu
em seu livro preto e que, para mim, sempre pareceram assustadoras.
Me perdoe!
Me perdoe pelas mentiras que contei pra não te ver chorar.
Me perdoe pelas tantas vezes que, com raiva de seu choro,
não consegui te abraçar.
Me perdoe !
Me perdoe por não acreditar no inferno.
Me perdoe por arder de desejo em pleno inverno.
Me perdoe se nunca existirem crianças em sua sala te chamando de avó.
Me perdoe por me sentir tão só.
Me perdoe!
Me perdoe, mãe, porque pequei.
Pequei contra ti quando me geraste,
e a natureza que você chama de Deus
me fez ser o que você denomina “isto”.
Me perdoe!
Me perdoe por ser o melhor da escola,
Me perdoe se eu ainda gosto de jogar bola
Me perdoe por cada instante em que eu te perdôo,
Te olho e te digo baixinho: Vá é não peque mais!
6 comentários:
Às vezes a pressão é tão grande que a gente tem que se desculpar por tentar ser feliz.
Boniiiiiiiiiito, primo.
bjus
Nossa que lindo o poema!
sem palavras!
parabéns!
Caramba!
que forte me soam esses "me perdoa". E, ainda mais forte, fica o desejo de se colocar diante do outro com autenticidade, mesmo quando esse outro pensa que nos faz Ser. Isso é sabedoria no viver.
Beijo
Lindas palavras e o sentido delas é maravilhoso. Bom estar de volta ter você de volta nesse espaço tão especial.
Beijos e ótima semana!
Beto, acabei de te linkar, ora, secobri que ainda não participava de seu blog! Tamo junto companheiro.
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