terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Sobre Lígia


Pouco me importa que chova
ou seja dia de sol.
Não gosto de chuva, tão pouco de sol.
Só quero ir ao cinema e transformar
as bobagens que escrevi pra você
em roteiros prá Fellini filmar.
Só quero discar seu número ao
contrário e, no acaso, falar com
alguém que me queira
pra badalar em Bagdá.
Eu nunca sonhei com você,
se sonhei foi engano,
já foi, esqueci.
Só quero acordar quando for noite,
não gosto do dia, não gosto de chopp,
não gosto de bar.
Eu gosto de som, de sons e de
tons morenos em corpos de
homens, mulheres, que gostem ou não
de samba canção, de bossa e do jazz
que jaz no meu quarto,
na minha noite vazia,
que revela segredo algum,
de algum amor, que sempre
esqueci de te dar.

3 comentários:

Dauri Batisti disse...

Voltei para rever seu blog. Hoje especialmente gostei do poema sobre blog. Muito bom.
"Bloguem-se todos que por momentos se deixam
cair no devaneio de escrever o que nunca pensaram poder.
Bloguem-se todos".
Muito legal.

Dauri batisti
www.essapalavra.blogspot.com

Friendlyone disse...

Isto me fez lembrar meus dias inspirados sem platéia, sem nada, sem tudo. Eu e a solidão, uma pela outra. Nos demos bem por muito tempo.

Unknown disse...

vi no seu blog sua grande sensibilidade, grande pessoa parece ser vc beto, parabéns, vc sabe, eu acho que a arte de arranjar palavras em poema faz da vida uma doce ilusão, uma real ilusão, uma experiência boa! um abç!