quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Inconstantemente


Queria saber o que me faz te amar tanto no agora e te odiar nos dez segundos que vem.
Queria saber de onde vem o fogo que me incendeia por um momento e a geleira que me congela por outros tantos.
Só queria a sensação de ser constante no inconstante do meu mundo, a sutileza de sangrar por horas os minutos que perdi.
Queria perder o rumo no mar da lucidez.
Ser louco e aportar no cais da incoerência.
Fazer do ar o meu chão e de você a meia face da lua.

3 comentários:

Anônimo disse...

E eu queria saber de onde vem tanta sensibilidade... Deus, você escreve com uma delicadeza que incendeia. Perfeito. Cada vez que venho aqui, uma surpresa. Já sou sua fã.
Publique um livro, rapaz!

Beto Mathos disse...

Sensibilidade é coisa de poucos. Agradeço por você captar a minha com a sua infinita.
Grande beijo!

Dauri Batisti disse...

Amor e contradições,
amor e não explicações.

Um abraço.