terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Microfilmes


Hoje à noite quero sonhar você.
Sonhar que dos encontros breves,
Dos toques tímidos e dos carinhos
mortos, nasce um grande abraço,
um grande passo em direção ao mundo estranho.
Comigo vai tudo bem.
Nas manhãs acordo com seu cheiro,
onde você nunca o deixou.
Meu coração dispara à cada
ataque do seu sorriso calmo,
à cada vento que me
traga notícias suas.
Ah, o seu corpo!
Desejo permitido que não se
pode permitir que se permita.
Teu nome de santo da terra
dos santos com codinomes.
Tua faceta estranha se casa
com minha aura colorida de
medos e insensatez.
Ah, menino!
Serei seu pai, seu filho,
seu amante ou nada do
que pensamos?
Vem! No sonho dessa noite
cheia de coisas comuns; de
lua nova, de janelas abertas
e corações revelados em
microfilmes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Beto, você tem uma infinita intimidade com as palavras. Um parentesco mesmo, de sangue.
É uma afinidade latente. Amor mesmo! Gosto disso! Parabéns!

Unknown disse...

perfeito, amei tudo... mas esse poema não sei porque me chamou mais a ateção, talves por ser o que mais despertou minha sensibilidade. muito bom!