segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

LIBERTA-ME


Liberta-me dos meus pesadelos insanos
Liberta-me dos meus medos tamanhos
Liberta-me da dor de não saber amar
Liberta-me da prisão dos meus anos passados
Liberta-me da vida mundana
Liberta-me de ser louco
Liberta-me de ser tão são
Liberta-me da voz que não pára em meus ouvidos
Liberta-me do tormento de atormentar-te
Me ame
Me chame
Me sinta no peito como eu te carrego
no meu há quase dois mil e quinhentos anos
Sinta minha pele chamando pela sua até nos dias mais enfadonhos
Me ame como eu te amo sem medidas
Devassamente
Loucamente
Liberte-se dos seus insanos sonhos
Liberte-se dos seus tamanhos pavores
Liberte-se da dor de tanto amar
Liberte-se da prisão do presente
Liberte-se da vida de viajar
Liberte-se de não enlouquecer
Liberte-se de não ser são
Liberte-se da voz que fala em teu ouvido
Liberte-se do tormento de atormentar-te
Me ame
Me chame
Liberta-me porque o amor só vive no vôo
do pássaro que você vislumbra na nossa janela ao amanhecer.

Um comentário:

Dauri Batisti disse...

Encontrei seu blog e li seus poemas. Gostei especialmente do modo como você respondeu ao "quem sou eu?"

Abraço,

Dauri Batisti