quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

OUTDOOR


Como se eu precisasse ver sua nau
ancorada em meu cais,
como se a música voltasse
a tocar jamais,
como se responder acalmasse
os meus ais.
Não guardei seu nome em
futuro algum.
Quisera vê-lo estampado
Na camisa de um comum.
Quisera tê-lo escrito em
Lugar nenhum.
Fossem os seus olhos que
acendessem no hotel da
beira mar.
Fosse por teu corpo o
outdoor prá me encantar
Por sua solidão o navio
prá navegar.
Qual desejo seu
pode mover rochedos?
Qual de seus gestos me
aplaca os medos?
A onda quebrará na
praia e novos sois se
porão ao anoitecer.
Andorinhas migrarão fora da
estação, mesmo que a
gente não possa ver.

Nenhum comentário: