sábado, 3 de maio de 2008

ESCORPIÃO

Chega, bate à porta.
Abro, você entra devagar.
Te abraço e você retribui sorrindo.
Beijo e você corresponde.
Toco e você acende.
Se despe e eu ascendo.
Me abre o zíper e eu queimo.
A cama, outrora fria, é quente.
Seus braços, minhas pernas,
minha boca, sua saliva,
seu cheiro, meu suor.
Você abre, eu entro apressado.
Meu membro, seu prazer,
seu gemido, meu grito.
Meu líquido, seu gozo.
Não diz à que veio.
Morde, assopra e vai.

6 comentários:

Joice Worm disse...

Beto, ainda hoje li um texto em espanhol sobre a condição da natureza do escorpião. Quando um dia ele esperava ser esmagado por uma sandália, mas afinal foi resgatado para um jardim...
Ficou confuso. Não esperava.

Luciana Cecchini disse...

Rápido.
Direto.
Quente.
Derradeiro.
Humano trancendendo.
Perfeito, viu...

Bjo,

Luci:)))

Elcio Tuiribepi disse...

Olá Beto, valeu a visita e as palavras...volte smepre que quiser e puder, quanto ao seu poema, parece que foi ontem...parece que foi agorinha a pouco...rápido, direto e derradeiro,como ressaltou sua amiga Luci...parabéns pelos escritos...um grande abraço

Paco Steinberg disse...

Escorpiões....

humm...

eu gosto deles.

Anônimo disse...

que legal to surpreso, (de novo) me surpreendo sempre, porque você como ninguém sabe surpreender com seus textos. bj!

Otavio de Castro disse...

esse sou eu..
descrição perfeita rsrs... adorei