Não tenho bom senso,
não tenho mal senso,
não tenho estratégias,
não tenho inveja.
Prefiro os que mentem aos que não dizem verdades.
Prefiro os que choram aos que não sabem sorrir.
Prefiro os que não dormem aos que não sabem sonhar.
Prefiro o silêncio às frases mal ditas.
Prefiro a agonia à calma fugídia.
Não tenho pesos.
Não tenho medidas.
Não tenho medo.
Não tenho feridas.
Prefiro as palavras sem rima aos poemas medidos.
Prefiro os que gritam aos que não sabem escrever nos olhos.
Prefiro os que calam aos que não sabem gritar.
Prefiro os que mostram aos que não sabem esconder.
Não tenho regras.
Não tenho réguas.
Não tenho tamanhos.
Não tenho sensos, bons ou maus sensos.
Não tenho censura.
Não tenho lisura.
Sou poeta pela natureza de ser canhoto,
pela avareza das palavras faladas,
pelo senso, pelo sentido sexto.
10 comentários:
e claro, o senso leva a perda de mtas oportunidades!.. mto bom.... gostei....
abraços
Também gosto de quem fala verdades... Linda.Un beso!
Frases mal ditas malditas.
Maledicências à parte, os humanos que se fodam.
Senso de quem é sensível e transparente desmedidamente. Gostei muito!!!
Bom, pelo visto, concordamos em muito, embora eu seja destro :)
abração
Jardim
Poeta pela natureza d tocar almas através da sua alma, através do seu senso...
Poucos tem o privilégio do sentindo sexto, vc o têm dignamente!
Lindos "sensos". Lindos.
Beto, coloquei um destaque para o "Entre a pena e a letra" no essapalavra.
Olá, meu caro amigo!
Passei por aqui e gostei do blog.
Abraços pernambucanbaianos...
Germano
www.clubedecarteado.blogspot.com
a cada poesia sua percebo um homem coberto de sensibilidade, uma saída bem construída e um tesouro encontrado em meio a tantas loucuras, vejo que você sabe escolher as palavras certas entre tantas incertezas.
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